tun tun, tun tun

Tenho cá para mim que todos achamos que o nosso amor é maior que qualquer outro.
Acho que andamos todos convencidos que ninguém experimentou amor assim, que nunca se cantou amor tão grande, que nunca se escreveu amor tão profundo.
Perguntem a alguém que diga já ter amado, que diga amar alguém, e vejam nos olhos se o que lhes passa por lá não é um "Sabes lá tu o que é o amor! Eu é que sei! Eu é que o sinto!".
Mesmo que se veja outro amor, e muito embora achemos que ali há amor, nada se pode comparar com o que de bom vai dentro de nós.
É por isso que consolar um amigo quando o amor "acaba" é difícil: eles não acreditam que conheçamos amor como eles conheceram. É por isso que explicar um novo amor a um amigo é difícil: por mais palavras que se digam, não acreditamos que eles conheçam o amor como nós o conhecemos.
E isto, tenho cá para mim, é a experiência de toda a gente que sente já ter amado alguém.
Pois eu escrevo aqui, tão perdida na minha ilusão que tenho a certeza de nem se tratar de ilusão nenhuma, que ninguém pode amar assim como este amor que conheço. Este amor é para a vida, mais do que qualquer um já foi. Não foi inventado tempo suficiente na vida para sentir um amor assim. Mas enquanto houver vida hei-de amar-te, incondicionalmente, sem fim.

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